História
Maria, a virgem imaculada, Mãe
de Deus, é o mais sublime de todos os seres humanos; jamais nascerá, neste
mundo, alguém tão perfeito como Maria, filha de Joaquim e Ana, a moça,
jovenzinha, que Deus Pai quis escolher para dar à luz, neste mundo, a seu
Filho, Deus Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Este é um mistério insondável da misericórdia de Deus, com a qual Ele quis
dar aos humanos a possibilidade da redenção, da reconciliação com o Bem
Supremo, o Amor Infinito, que é o próprio Deus, e que se vive no amor ao próximo,
ao irmão.
Maria, nascida na humilde cidade de Nazaré, da Galiléia, escolhida no seio do
povo judaico, a quem José, da casa de David, prometera matrimônio, ainda
virgem recebe o aviso do Anjo enviado por Deus, dizendo-a: “Alegra-te, cheia
de graça! O Senhor está contigo”. Confusa com estas palavras, sem
compreender o significado do que lhe falava o Anjo do Senhor, Maria ouvi-o dizer
ainda: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás
e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será
chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu
pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não
terá fim”.
Maria permaneceu confusa e perguntou: “Como acontecerá isso, já que eu não
convivo com um homem?”; ela ouviu
o Anjo dizer então: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo
te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado
santo, Filho de Deus”.
E Maria disse então as palavras que todos nós, seres humanos, criaturas do
mesmo Pai Celestial, deveríamos dizer, e viver, sempre, até a eternidade de
nossas vidas, quando nos encontraremos, todos, no seio de Deus Pai, Filho, Espírito
Santo, a Santíssima Trindade.
Maria disse: “Eis aqui a
serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o Anjo retirou-se,
como está narrado em Lucas I: 28,38 (Bíblia Sagrada, tradução da CNBB).
Ali, naquele instante, tudo se clareou para nós. Maria é o maior de todos os
exemplos de obediência a Deus, em nossa liberdade consciente; ela fora guardada
por Ele, desde sua concepção no seio de Sant'Ana, sua mãe, para ser a Mãe de
Deus Filho e também nossa Mãe Imaculada, obediente desde sempre à palavra de
Deus, como deveríamos ser todos nós. É nessa obediência a Deus que Maria nos
dá, com seu amor infinito, o exemplo e o caminho da salvação de nossas vidas:
obedecer à vontade de Deus.
Maria sempre fora assim,
obediente a Deus (“...Encontraste graça junto a Deus...”, como disse o
Anjo; ela encontrara esta graça por ter sido sempre, a Ele, obediente) em todos
os dias de sua vida; e essa obediência Maria expressava também no amor ao próximo,
aos irmãos de toda a humanidade que lhes eram próximos, sobretudo aos mais
simples e humildes (Jesus nos diria em sua pregação: “Como eu vos amei,
assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” – João 14: 34,35). É
o amor ao próximo que Maria nos ensina.